Este Natal, seja original - ofereça um blog de fotos atrevidas ao seu namorado. Força nisso, Kel!
segunda-feira, dezembro 11, 2006
Estamos quase naquele dia tão importante... o meu aniversário
Este Natal, seja original - ofereça um blog de fotos atrevidas ao seu namorado. Força nisso, Kel!
segunda-feira, dezembro 04, 2006
As matinés de Domingo
Bem, este domingo aquele canal que começa por T, acaba em I e tem um V no meio passou o Mean Girls e o Down With Love. E como tinha passado sexta e sábado de volta do meu guião e de livros altamente intelectualóides sobre a problemática da adaptação, resolvi tirar uma folga, estirar-me no sofá e ver a coisa.
Mean Girls, tenho de confessar, fui ver ao cinema. Sozinha. Depois do exame nacional de História, o meu último, por acaso. E gostei. Sim, gostei, 'tá giro.
Down With Love - o tal canal anunciou-o como estreia, mas tenho as minhas dúvidas, porque já tinha visto aquilo no meu sofá - ok, também é giro, principalmente aquele uso maroto do split screen.
Estou a escrever isto porque há algo que me aflige. Tenho-me apercebido que a História do Cinema privilegia aquilo que eu chamo 'filme de gajo', ignorando como mau à partida tudo o que lhe cheire a chick flick. Bem, há excepções, mas na maior parte dos casos... E este ano é o lobby Scorsese. Sim, acreditem, vão-lhe dar o Óscar este ano. Já tá tudo decidido. Não sei como podem ser tão maus para filmes como The Perfume e Marie Antoinnette para depois elevarem aos píncaros o The Departed. Não, não vi o filme. Mas não preciso de o ver pra saber que é outro Million Dollar Baby - giro, pena que já se fizeram filmes com o mesmo tema e muito melhores.
Argh, eu ando é muito indie e feminista, desculpem lá...
A recomendação da semana, aqui na Sarices
Sabem, mes amis, once upon a time there comes a picture that changes the history of all motion pictures... Um dos meus grandes desejos impossíveis, logo a seguir ao ter uma relação escaldante com o Johnny Depp, é ter tempo pra escrever pequenas críticas de todos os filmes que vejo. Impossível, claro, mesmo para quem tem tão pouca vida social como eu. Por isso me limito a dizer gostei/não gostei/nem pensem que vou ao cinema ver isso. Redutor, mas eficaz.
segunda-feira, novembro 27, 2006
segunda-feira, novembro 20, 2006
Poesia russa pros mes amis
HAMLET
Acalma-se o tumulto. No palco estou
contra o portal da porta,
ao longe, reconhecendo vagamente
o que o meu tempo pode trazer.
O escuro da noite jorra sobre mim
milhares de olhos que me fima;
mas Abba, Pai, se essa for a tua vontade,
afasta este cálice dos meus lábios.
Com firmeza o teu desígnio tem o meu amor,
este papel que me deste quero ter;
mas agora encena-se um drama diferente:
poupa-me agora do teu caminho.
E no entanto a ordem dos actos é fixa,
o fim do caminho e irreversível.
Estou só. Agora é o tempo dos Fariseus.
A vida não é como um passeio ao campo.
É impróprio ser famoso
pois não é isso que eleva.
E não vale a pena ter arquivos
nem perder tempo com manuscritos velhos.
O caminho da criação é a entrega total
e não fazer barulho ou ter sucesso.
Infelizmente, nada significa
como uma alegoria andar de boca em boca.
Mas é preciso viver sem pretensões,
viver de tal modo que no fim de contas
venha até nós um amor ideal
e ouçamos o apelo dos anos que hão-de vir.
O que é preciso rever
é o destino, não antigos papéis;
lugares e capítulos de uma vida inteira
anotar ou emendar.
E mergulhar no anonimato,
e ocultar nele os nossos passos,
como foge a paisagem na neblina
em plena escuridão.
Que outros nesse rasto vivo
seguirão o teu caminho passo a passo,
mas tu próprio não deves distinguir
a derrota da vitória.
E não deves por um só instante
recuar ou trair o que tu és,
mas estar vivo, e só vivo,
e só vivo – até ao fim.
Boris Pasternak
quinta-feira, novembro 09, 2006
Top 4 dos 4 euros mais mal empregues da minha vida
quarta-feira, novembro 08, 2006
Porque é que a Lusomundo é má
2. Filmes bons como The Hitchickers Guide to The Galaxy ficaram apenas durante duas semanas, com duas sessões nocturnas por dia, enquanto que filmes como Piratas das Caraíbas 2 (e eu nada tenho contra este filme!), ficam meses a fio.
3. Permite que comam pipocas e bebam Coca-cola nas salas. Primeiro, é um barulhão infernal. Depois, ainda ontem um tipo deixou cair a cola e a mala da Kel ficou toda badalhoca. Se eu fosse a ela pedia uma indemnização.
4. As salas são o mais despersonalizadas que há. Além disso, estão mal isoladas. Quando fui ver a Black Dahlia estava a ouvir as Torres Gémeas a cairem na sala ao lado...
5. É demasiado tempo de publicidade, e muitos poucos traillers. E sempre os mesmos anúncios da treta. Que o mundo possa girar sem mais anúncios à Sagres Abadia. Blhech.
6. Fez fechar dois dos mais queridos cinemas de Coimbra: o Girassol, primeiro, e depois o alternativo Avenida. Qualquer dia transformam-se numa Zara, como o outro...
7. Quatro euros, preço de estudante, para ir ver um filme? São 800 paus! É muito caro, e ainda mais para quem não tem direito a desconto (5.20). Por favor! E se quarta-feira é suposto ser o dia mais barato, devia ser abaixo dos 4 euros, senão qual é o sentido?
Se me lembrar de mais (oh, de certeza que vou!), vou postando.
quarta-feira, outubro 25, 2006
Uma imagem, um texto, mais um post...
segunda-feira, outubro 23, 2006
Onde está a velocidade?
Vocês já toparam a velocidade do computador da tipa a fazer download? Uau!!!!
Mas a sério. Eu prefiro comprar DVDs originais . Cds é outra história, pra mim a música é pública - e a velha história de, quantos mais conhecerem, mais vão aos concertos. Agora, tenho um grande problema com os preços dos DVDs. Hoje em dia há uns bem baratinhos, na FNAC, na BOX, mesmo na WORTEN (vá, pagem-me pra eu fazer publicidade). Agora, todos os DVS de autor, ou seja, aqueles muito difíceis de arranjar e dos quais preciso para as aulas são mais de 20 Euros. Fora aqueles que não estão editados em Portugal, né?
Meus amigos, toca a fazer promoções também nesses DVDs. Vá lá, não custa nada.
segunda-feira, outubro 16, 2006
Momento Zen de Reflexão Profunda
Os Jogos de Futebol!!!!!!!
Só zooms, e voltas atrás ridículas, e tantas vezes não se percebe o que se está a passar, e não há grandes planos da cara e emoção dos jogadores...
segunda-feira, outubro 09, 2006
Voltei, voltei...
Que aprendi eu durante esta longa semana?
1. O Jodorowski é genial
2. Os tipos da ATMO são geniais
3. o site Youtube é genial
4. Eu ainda vou ter de ver muito filme até poder ter uma conversa cinéfila decente e genial
5. O sítio português mais parecido com o Twilight Zone é a estação de autocarros de Viseu (podem ir confirmar, por vossa conta e risco)
6. A CP é genial
7. Apanhar uma gripe quando se regressa à civilização é francamente pouco inteligente
quarta-feira, outubro 04, 2006
Os filmes da minha vida (top ten)
3. Sext (W. H. Auden)
You need not to see what someone is doing
to know if it is his vocation,
you have only to watch his eyes:
a cook mixing a sauce, a surgeon
making a primary incision,
a clerk completing a bill of lading,
wear the same rapt expression,
forgetting themselves in a function.
How beautiful it is,
that eye-on-the-object look.
To ignore the appetitive goddess,
to desert the formidable shrines
of Rhea, Aphrodite, Demeter, Diana,
to pray instead to St. Phocas,
St. Barbara, San Saturnino,
or whoever one's patron is,
that one may be worthy of their mistery.
what a prodigious step to have taken.
There should be monuments, there should be odes,
to the nameless heroes who took it first,
to the first flaker of flirts
who forgot his dinner,
the first collector of sea-shells
to remain celibate.
Where should we be but for them?
Feral still, un-house trained, still
Wandering through forests without
a consonant to our names,
slaves of Dame kind, lacking
all notion of a city.
and, at this noon, for this death,
there would be no agents.
quinta-feira, setembro 28, 2006
Cartinha ao Papai Noël
terça-feira, setembro 19, 2006
IMAGO do Fundão
Sunset Boulevard de Billy Wilder
Aqui a vossa anfitriã está a ver grandes clássicos do cinema pra não fazer figura de ignorante este ano nas aulas. ;)
Momento Cesariny
A realidade comovida agradece
mas fica no mesmo sítio
(daqui ninguém me tira)
Chamado paisagem.
Tantos escritores
A realidade comovida agradece
E continua a fazer o seu frio
Sobre bairros inteiros, na cidade, e algures
Umas palavras de Woody Allen, aquele grande senhor americano que faz filmes europeus e toca 'cwarinete'
Pergunte-se ao homem comum quem escreveu as obras intituladas Hamlet, Romeu e Julieta e Otelo, e na maioria dos casos responderá, com confiança total: “O bardo imortal de Stratford upon Avon”. Pergunte-se quem foi o autor dos sonetos shakespearianos e logo se verá que a resposta ilógica é a mesma. Se estas mesmas perguntas forem feitas a certos detectives literários que parecem florescer periodicamente através dos anos, ninguém se deve surpreender se as respostas forem Sir Francis Bacon, Bem Jonson, rainha Isabel ou mesmo a Lei do Solo.
A mais recente de todas estas teorias aparece num livro que acabei de ler e onde se procura demonstrar definitivamente que o verdadeiro autor das obras de Shakespeare foi Christopher Marlowe. O livro expõe de forma muito convincente esta tese, e quando acabei de ler já não tinha a certeza se Shakespeare era Marlowe, ou Marlowe Shakespeare, ou o que quer que fosse. Uma coisa sei: nunca aceitei cheques de qualquer um deles e por isso gosto das obras que escreveram.
Ora, ao tentar considerar a teoria acima referida na sua justa perspectiva, a minha primeira pergunta é: se Marlowe escreveu as obras de Shakespeare, quem escreveu as de Marlowe? A resposta a esta questão encontra-se no facto de Shakespeare ser casado com uma mulher chamada Anne Hathaway. Isto sabemos nós ao certo. Contudo, segundo a nova teoria, foi Marlowe quem realmente esteve casado com Anne Hathaway, união que provocou em Shakespeare um pesar sem limites, uma vez que eles nunca o deixaram entrar em casa.
Um dia funesto: numa disputa mesquinha sobre quem era o último na bicha para a padaria, Marlowe foi morto… morto ou aberto a meio, disfarçado, para evitar que o acusassem de heresia, crime muito grave e punível com a morte, ou ser aberto a meio, ou ambas as coisas.
Foi então que a jovem mulher de Marlowe agarrou na pena e continuou a escrever as obras e sonetos que todos conhecemos hoje. Mas peço que me seja permitido fazer um esclarecimento.
Todos sabemos que Shakespeare (Marlowe) retirava os seus argumentos dos antigos (modernos); contudo, quando chegou a altura de os devolver, os argumentos estavam tão gastos que se viu forçado a sair do país sob o suposto nome de William Bardo (donde o termo “bardo imortal”) para escapar à prisão por dívidas (donde o termo “prisão por dívidas”). É aqui que Sir Francis Bacon entra em cena. Bacon foi, na sua época, um inovador, porque levou à prática certos conceitos avançados de congelação. Conta a lenda que morreu quando tentava congelar uma galinha. Aparentemente a galinha empurrou primeiro. Esforçando-se por esconder Marlowe a Shakespeare, se se demonstrasse serem a mesma pessoa, Bacon adoptou o nome fictício de Alexander Pope, que na realidade era o Pope Alexander, chefe da Igreja Ortodoxa Russa, actualmente no exílio por causa da invasão da Rússia pelos Bardos, uma das últimas tribos nómadas (os Bardos estão na origem do termo “bardo imortal”), e que alguns anos antes tinha escapado a cavalo para Londres, onde Raleigh esperava a morte na torre.
O mistério aprofunda-se, pois, segundo reza a história, Bem Jonson encenou um funeral falso para Marlowe, tendo convencido um poeta menor a ocupar o lugar daquele no enterro. Não se deve confundir Bem Jonson com Samuel Jonhson. Era Samuel Johnson. Samuel Johnson não era. Samuel Johnson era Samuel Pepys. Pepys era na realidade Raleigh, que tinha fugido da torre para poder escrever O Paraíso Perdido sob o nome de Jonh Milton, um poeta que por ser cego se havia livrado da torre e que foi enforcado sob o nome de Jonathan Swift. Tudo se torna mais claro quando se descobre que George Eliot era uma mulher.
A partir daqui, por conseguinte, O Rei Lear não é uma peça de Shakespeare mas uma crítica satírica de Chaucer, originariamente chamada Ninguém é Perfeito, que proporciona uma pista do homem que matou Marlowe, homem que na época Elizabetiana (ou de Elizabeth Barret Browning) era conhecido por Old Vic. Old Vic tornou-se depois mais célebre como Victor Hugo, o que escreveu O Corcunda de Notre Dame, romance que numerosos peritos literários consideram ser apenas Coriolanus com algumas alterações óbvias. (Convém ler ambas as obras, e depressa).
Resta perguntar se Lewis Carroll não estava a caricaturar toda essa situação quando escreveu Alice no País das Maravilhas. O Coelho Branco seria Shakespeare, o Chapeleiro Louco seria Marlowe, o Rato seria Bacon – ou o Chapeleiro Luco seria Bacon e o Coelho Branco Marlowe – ou Carroll Bacon e o Rato Marlowe – ou Alice seria Shakespeare – ou Bacon – ou Carroll seria o Chapeleiro Louco. É uma pena que Carroll não esteja vivo para pôr tudo em pratos limpos. Ou Bacon. Ou Marlowe. Ou Shakespeare. O importante é que quando alguém se muda deve avisar os correios. A menos que não se ligue nenhuma à posteridade.
quarta-feira, setembro 13, 2006
sexta-feira, agosto 18, 2006
Cine-Teatro Avenida
Menos um sítio pseudo-intelectual. Rest in Peace.
segunda-feira, agosto 14, 2006
Esta Noite ao Meio-Dia
Os supermercados anunciarão DESCONTO em tudo
Esta noite ao meio-dia
As crianças de famílias felizes serão mandadas para um asilo
Os elefantes contarão uns aos outros anedotas humanas
A América vai declarar paz à Rússia
Generais da Grande Guerra venderão capacetes nas ruas no 11 de Novembro
Os primeiros narcisos de Outono hão-de aparecer
Quando as folhas caíam para as árvores
Esta noite ao meio-dia
Os pombos vão caçar gatos pelos quintais
Hitler dir-nos-á que lutemos nas costas e nas praias
Um túnel será aberto por Liverpool
Serão avistados porcos voando em formação sobre Woolton
e Nelson não só receberá o olho de volta mas também o braço
Os Americanos brancos exigirão igualdade de direitos
em frente da Casa Preta
e o Monstro acaba de criar o Dr. Frankenstein
Moças em bikini estão a banhar-se na lua
Canções populares estão sendo cantadas por autêntico povo
As galerias de arte são interditas a maiores de 21 anos
Os poetas vêem os seus poemas no Top 20.
Os políticos são eleitos para manicómios
Há empregos para todos e ninguém os quer
Em ruelas escusas amantes adolescentes beijam-se
à luz do dia
Em campas esquecidas em toda a parte os mortos calmamente enterrarão os vivos
e
Tu dir-me-ás que me amas
Esta noite ao meio-dia.
Adrian Henri (tradução de Manuel de Seabra)
Sete Palmos de Terra 2001-2005
Não vou mentir e dizer que sigo a série desde o início, sem perder um único episódio que fosse. Mas sinto-me como se tivesse. Ela entrou por acaso na minha vida, e deixou-se estar. Aé que comecei a ajustar a minha vida ao horário semanal (e nem sempre foi fácil).
A família Fischer. Os sócios Sanchez. Os desequilibrados Chenowith (a Brenda era a minha preferida, até se tornar demasiado normal e eu me voltar para a Claire Fischer). Vejo muitas séries (upa upa puxadote), mas nenhuma chega aos pés desta. Não, mesmo o Dr. House fica a milhas de distância.
Morte, morte e morte. E vida nos intervalos. Um estilo característico - a morte inicial, o fade-out para branco agoirentos, todo um tipo de fotografia.
Um quarentão com um tumor no cérebro. Uma mãe desequilibrada. Um casal gay. Uma adolescente revoltada. Uma viciada em sexo que se finge louca, um irmão que finge não o ser. Todos os elementos necessários a uma telenovela bem pirosa. E, no entanto, quão longe!
Mesmo pensando que Allan Ball realizou ‘American Beauty’ - de onde vem a famosa cena do saco que todos os teen teasers insistem em gozar - esta série ultrapassa tudo. Enganam-se aqueles que pensam que é - foi - uma série demasiado intelectualóide, ou demasiado macabra, ou simplesmente mais uma.
Fala da morte, e assim nos fala a todos. Tudo o que conhecemos vai morrer, incluindo nós. Por isso, para quê tanta angústia? Com um raio em cima, decepados por um semáforo, cortados ao meio por um elevador, atingidos por uma bola de golfe, atacados por um tigre…
Tentei adivinhar, muitas vezes, como seria o último episódio. É o fim das séries, livros e filmes que nos dizem, realmente, da qualidade da obra. Por muito boa que a trama seja, se o fim for forçado, ou demasiado óbvio/fácil, o que se passou anteriormente perde o valor. É o fim que se nos retém na memória, e nos ajuda a lembrar o resto.
As séries anteriores (da I à IV) acabaram em suspenso. Nesta, quando vi o Nate bater as botas (finalmente!), pensei que fosse o fim. Ah, estava tão enganada. Como se pudesse acabar de uma maneira tão simplista. E, agora que vi o último episódio, penso: poderia mesmo acabar de outra maneira?
O carro (novo) de Claire a dirigir-se a Nova Iorque,e vemos flashes do futuro. A creche para cães de Ruth, Sarah e Betina, o primeiro aniversário de Willa Fischer Chenowith, o casamento católico de David com Keith. E, subitamente, Ruth a morrer numa enfermaria. O reencontro de Claire com Ted no funeral de Ruth. O casamento destes. Keith assassinado por assaltantes. Rico com um ataque de coração num cruzeiro. David vai-se a meio de um almoço de família ao ar livre. Brenda segue-se. E a imagem final de Claire, muito velha, deitada num quarto cujas paredes estão cheias de fotos que mostram vários momentos do passado, até se deterem nas fotos de Ted nu, tiradas no início do episodio. E vemos os olhos de Claire a morrer. E vemos os olhos de Claire a dirigirem-se para Nova Iorque, rumo a um destino a ela desconhecido.
PS. Obrigado, 2:!. Agora façam-se a vontade e comprem o Nip Tuck!!!
sexta-feira, agosto 04, 2006
quinta-feira, agosto 03, 2006
Sinais do Apocalipse...
O anúncio do Skip Sabão Natural. Com aquela música.
Lady Sara C vira-se para amigos intelectualóides e outros e pergunta: 'Olha lá, por acaso não tens cds do Quim Barreiros que me emprestes pra gravar?'
Nota: Eu não defendo, de maneira nenhuma, a gravação de cds pirata com fins lucrativos.
segunda-feira, julho 31, 2006
Ohhh Mascarado!!!!!
terça-feira, julho 18, 2006
quinta-feira, julho 06, 2006
As férias cá estão, e eu ainda não fui levar as vacinas...
Quer dizer, após o trabalho pró Barata,claro. Mas isso não conta.
As férias. O que são as férias para mim? Amores loucos de Verão, estadias na Tunísia, um corpinho Danone...
Bem, não são nada disso.
São melgas sedentas do meu sangue B+, ensaios de banda para o concerto de outubro, piscina local na terrinha, banhas invernais a terem de ser exibidas perante conterrâneos, pêssegos comidos às três da manhã enquanto se vêem filmes do Rambo, etc, etc, etc.
Se isto continuar assim, atiro-me das escadas abaixo e vou passar as férias ao hospital. Sempre tenho melhor paisagem...
segunda-feira, julho 03, 2006
terça-feira, junho 27, 2006
Ohhhh, que micróbio tão fofinho!!!!!!
segunda-feira, junho 19, 2006
Ai o amooooriiiiiiii!
The scholar loves his books,
The farmer loves his horses,
The film star loves her looks.
There's love the whole world over
Wherever you may be;
Some lose their rest for gay Mae West,
But you're my cup of tea.
W.H.Auden
Ohhhhh!!! Dr. House Forever!!!! ;)
segunda-feira, junho 12, 2006
Um pouco de Auden pra levantar o nível intelectual
Looking up at the stars, I know quite well
That, for all they care, I can go to hell,
But on earth indifference is the least
We have to dread from man or beast.
How should we like it were stars to burn
With a passion for us we could not return?
If equal affection cannot be,
Let the more loving one be me.
Admirer as I think I am
Of stars that do not give a damn,
I cannot, now I see them, say
I missed one terribly all day.
Were all stars to disappear or die,
I should learn to look at an empty sky
And feel its total dark sublime,
Though this might take me a little time.
quarta-feira, junho 07, 2006
terça-feira, junho 06, 2006
O Mundo Perfeito (post em constante renovação!!!)
1 – Do Mundo em Geral. Aspectos geográficos, demográficos, políticos e outras coisas que não considero minimamente interessantes:
1.1. Portugal seria uma província da Inglaterra, e estaria colocado geograficamente colado à Grã-Bretanha, do lado Este. Ligações de alta velocidade entre Coimbra e Londres asseguradas de hora a hora com preços de loja chinesa.
1.2. George Clooney seria o Presidente dos Estados Unidos.
1.3. O espanhol seria abolido como língua francamente irritante ao ouvido, assim como a comida francesa (um insulto ao tipo que inventou o fogo), as traduções brasileiras de livros sobre Arte e as traduções estranhas para português de títulos de filmes.
1.4. A gastronomia portuguesa seria reformulada, e em vez de ossos cozidos, feijoada à transmontana e sardinha teríamos esparguete à bolonhesa, Lasanha com extra mozzarella e double cheaseburgers (sem pickles)
1.5. Pêssegos bons todo o ano.
1.6. Wireless à borla em todos os sítios possíveis e imaginários.
2 – Do Mundo em Geral. A Cultura
2.1. Abolidos definitivamente: novelas da TVI, reality-shows (excepto aquele do Esquadrão da Moda do People-and-Arts), música esganiçada de ranchos folclóricos, procissões religiosas de três horas, filmes portugueses a adaptar para o ‘presente’ obras clássicas da nossa literatura, aquela cena que passa na 2: designada como ‘Arte tauromática’ ou coisa assim, transmissões em directo de casamentos, baptizados, funerais, transladações, missas e estados mais-pra-lá-do-que-pra-cá; todo e qualquer programa que tenha a Manuela Moura Guedes, a Teresa Guilherme, o Fernando Mendes ou o Manuel Luís Goucha; aliás, todos os programas matinais;
2.2. Os Óscares seriam decididos por uma comissão especial e isenta genericamente designada como ‘VDL Movies’
2.3. O preçário do Teatro Académico Gil Vicente baixaria drasticamente os preços.
2.4. Os jogos de futebol seriam transmitidos fora do horário nobre, para não interferirem com a transmissão do Dr. House. Além disso, os comentadores teriam de ser do sexo feminino e os jogadores não poderiam usar camisola (sendo identificados pelos números e cores dos calções). Qualquer um que tivesse pêlos suficientes no peito para fazer uma carpete seria obrigado a depilação com cera quente.
2.5. Especial Dr.House meets Sete Palmos de Terra.
3 - Da Universidade de Coimbra. Aspectos gerais
3.1. Seria finalmente inaugurado o Colégio das Artes, de grandes dimensões, enorme jardim e clones do Osvaldo Silvestre a dar todas as cadeiras (vês como penso nos outros, my lesbian lover?)
3.2. As Faculdades de Direito, Letras e Ciências e Tecnologias seriam mudadas para parte incerta, vindo para os edifícios abandonados as duas escolas de enfermagem, a Faculdade de Economia e a FNAC (esta na parte histórica do edifício, junto à Cabra)
3.3. Bolonha entraria em 2007/8, mas só se tivesse queijo ralado por cima (eu não resisto a estas piadinhas fáceis, desculpem…)
3.4. Biblioteca Municipal a funcionar em regime de self-service ou, se impossível, regime tipo MacDonalds.
4 – Da minha insignificante vida. Aspectos gerais
4.1. O meu peso manter-se-ia fixo nos 55 quilos, enquanto a minha altura atingiria o mítico 1,80. Menos curvas, mais facilidade em correr sem ouvir bocas porcas dos ordinários operários da construção civil.
4.2. A minha pele seria insultuosamente perfeita, podendo apenas por isso ser doada à ciência
4.3. Mansões em Vila Nova de Anços City, Coimbra, Lisboa, Porto, Monte Gordo, Londres, Nova Iorque e um pequeno apartamento de 2km² em Los Angeles.
4.4. Profissão – realizadora de filmes de alto gabarito, sobre temas históricos que não põem em causa a castidade de Jesus Cristo, grandes sucessos mesmo antes de serem feitos, com actor fetiche Johnny Depp. Tim Burton e Quentin Tarantino rastejariam para conseguir um autógrafo meu. Spielberg limpava-me o estúdio para aprender alguns dos meus segredos. Lars Von Trier era o meu moço de recados. Sofia Coppola queca lésbica ocasional.
4.5. Vários amantes sem ligação afectiva profunda, todos do tipo homem-capacho e extremamente atraentes (contudo, sem necessidade de usar rímel ou baton para conseguir impressionar)
4.6. Namorado fixo, extremamente permissivo com a minha preenchida vida profissional e etc, pai carinhoso dos meus dois filhos - José Joaquim Júlio e Maria Madalena Malaquias - virtuoso de um instrumento qualquer, excepto violino e saxofone – não suporto concorrência - , com emprego estável, de salário bom mas mais baixo que o meu, nulo em contactos extra-mim, máquina sexual disfarçada em pele de cordeiro, moreno, jamais mais baixo que eu, excelente cozinheiro, que saiba fazer camas e lavar as mãos em perfeitas condições J
4.7. Gigantesca colecção de DVDs originais, mais de sete salas revestidas com eles.
4.8. Sims 2 e respectivos packs de extensão – incluindo o de objectos de Natal e acessórios – no meu portátil.
4.9. Capacidade incrível de ler seis livros ao mesmo tempo sobre assuntos diferentes, escrever com as duas mãos e facilidade tremenda em acabar os trabalhos uma semana antes da dead line.
4.10. Escadas rolantes na residência.
Resoluções de Junho (mais pragmatismo, por favor!)
Já que não cumpri as de Maio, desta vez vou estabelecer objectivos realistas para Junho:
1.Não perder um único episódio dos Sete Palmos de Terra;
2.Comer todos os dias algo com chocolate;
3.Suspirar à noite enquanto olho para o tecto do quarto e tenho pensamentos que nada contribuem para um mundo melhor sem fome e doença;
4.Comer pêssegos, morangos e damascos em quantidades astronómicas;
5.Ir ver os Piratas das Caraíbas 2 ao cinema;
6.Actualizar o blog com coisas extremamente pessoais;
7.Ir dar uns mergulhos à piscina;
8.Beber limonadas no TAGV;
9.Manter o cabelo limpo e as pestanas penteadas;
10.Escrever posts à noite para publicar no outro dia de manhã;
11.Continuar obcecada por indivíduo ao pé do qual perco a faculdade da fala e dos movimentos normais;
12.Deixar de roer as unhas.
quarta-feira, maio 17, 2006
segunda-feira, maio 15, 2006
Pensamento do dia - não, não é da Yorn...
Vale a pena pensar nisso...
As Resoluções de Maio - mais vale tarde do que pró ano
Apercebi-me há bocadinho, enquanto tomava um dos meus dez duches diários (olha o mito a criar-se…) que este ano, contrário ao que é meu costume, não fiz resoluções de ano novo. Ohhhh. Estava demasiado ocupada a fugir de familiares que me queriam enfiar passas pela garganta abaixo, e por isso passou-me um pouco ao lado. De qualquer modo, a minha memória pode ter um lapso momentâneo, mas volta sempre (ou pelo menos, é nisso que gosto de acreditar.) Por isso, aqui vão:
1. Deixar de roer as unhas (mais um ano - meio ano, de facto, mais uma voltinha)
2. Não deixar as coisas para a última (ah ah, piadinha…)
3. Tocar violino todos os dias (até os dedos me caírem… pois sim, ‘tá claro)
4. Evitar a vida sedentária (cf. Post sobre as séries da minha vida…)
5. Não entrar depressão profunda por motivos insignificantes, como por exemplo, a gordura invernal que se acumulou na minha barriga, a inexistência de uma vida emocional verdadeiramente interessante ou o facto de não encontrar sapatilhas que reflictam o meu verdadeiro Eu.
6. Evitar as compras compulsivas (boa altura para abrir uma Fnac perto de mim…)
7. Aumentar consideravelmente a minha cultura fílmica, vendo o máximo de filmes que possa (como isto entra em directa oposição com a resolução 4, só comprando um leitor de DVDs portátil, todo o terreno e resistente à água…)
8. Em vez de me irritar e deprimir com as coisas, fazer algo de facto para as mudar (se quero bolo de chocolate, ir à loja em vez de ficar a chorar no sofá por não ter)
9. Ler por prazer, e o ler por obrigação, transformá-lo em prazer (pôr o meu menino fetiche do momento a tocar para mim, em shorts pretos justos, enquanto leio livros sobre o pendor artístico da arte e a história do cinema do Zimbabwe - hum, é melhor minimamemte vestido, pra não me distrair - de peúgas e shorts)
10. Actualizar o blog com a máxima frequência possível, utilizando-o para actividades de divulgação cultural e educação artística, em vez de cultivar um lado umbiguista falando de amigos comuns e mandando para o ar private jokes - sobretudo aquelas que só eu percebo, como a referência às peúgas da resolução anterior)
11. Engatar um estudante de Medicina que me garanta um futuro sem preocupações económicas - de preferência que pretenda tirar a especialidade de Cirurgia Plástica, para juntar o útil ao agradável.
12. Cultivar a minha inteligência a todos os níveis; na eventual impossibilidade, arranjar pessoas que me façam sentir intelectualmente superior e passar mais tempo com elas, através de um part-time como baby-sitter.
Reflexão pós-queima, aproveitando o regresso da lucidez
- Hum…….
quarta-feira, maio 03, 2006
A Vida É Um Milagre Constante (não, não é a proximidade da Queima que Me Faz Dizer Isto...)
E uma dessas Coisas aconteceu Hoje, mes Amis.
Um Momento de Rara Beleza, que me fez reencontrar o Gosto pela Vida (onde é que eu já ouvi isto?)
quarta-feira, abril 05, 2006
O Top 10 das Séries que me fazem ir viver para o sofá
Após reconhecer que estou, oficialmente, viciada em séries, chegou o momento de declarar, no espaço público virtual, quais, a meu ver, na minha qualidade de Autoridade;), são as dez melhores séries que andam (ou andaram) para aí. Acrescento já que a honra de constarem do meu blog supera de longe o receberem qualquer prémio:
1. Sete Palmos de Terra
2. Dr. House
3. Nip Tuck
4. Donas de Casa Desesperadas
5. Anjos na América
6. Os Simpsons
7. Serviço de Urgência
8. Anatomia de Grey
9. A Nave Vermelha
10. A Minha Família
Ou, por outras palavras,
1. Cadáveres, homossexuais e arte
2. Diagnósticos, mau feitio e anti-sociabilidade
3. Sexo, operações ao pormenor e problemas de ética
4. Traições, girl power e mistério
5. Homossexuais, doenças terminais e acontecimentos sobrenaturais
6. Família disfuncional, a Lisa a tocar saxofone e crítica social
7. Limiar entre morte e vida, relações pouco profissionais e SANGUE, MUITO SANGUE!!!!
8. Relações pouco profissionais, vida dura de estagiários e nenhum sangue.
9. Ficção científica, humor negro e confusões no espaço sideral
10.Família louca britânica, dentista sardónico (boa palavra, não a usava há muito tempo) e Nick glorioso!!! ;)
quinta-feira, março 30, 2006
segunda-feira, março 27, 2006
Os Virtuosos (Brassed Off)
Se tiverem oportunidade, VEJAM ESTE FILME!!!
Além do Ewan McGregor nos seus anos juvenis, a história vale a pena. E a música também. ;)
Lindo. Principalmente o momento em que estão a tocar no relvado da enfermaria.
Aconselho-vos, mes amis. Muito melhor que as novelas da TVI, embora não seja preciso muito. ;)
Umas coisitas que ando a ler...
Há uma, entre mil circunstâncias, em que a sensibilidade é tão nociva no palco como no mundo. Imagine a amante, que têm uma declaração a fazer um ao outro. Qual deles se sairá melhor? Eu não. Bem me recordo de que só conseguia chegar a tremer ao pé do objecto amado; com o coração a bater e as ideias a ficarem confusas; a minha voz embrulhava-se, estropiava tudo aquilo que dizia; respondia não quando devia responder sim; cometia mil inépcias, faltas de jeito sem fim; era ridículo da cabeça aos pés; tinha consciência disso mas só conseguia ser ainda mais ridículo. Ao passo que um rival alegre, divertido e estouvado, com domínio de si próprio, tirando proveito da sua pessoa, não deixando escapar nenhuma ocasião de elogiar, e elogiar com elegância, ali nas minhas barbas divertia, agradava, era feliz; pedia uma mão que lhe era abandonada, por vezes apoderava-se dela sem pedir consentimento, beijava-a e voltava a beijá-la enquanto eu, metido num canto, a desviar os olhos daquele espectáculo que me irritava, a sufocar suspiros, a dar estalos com os dedos de tanto apertar as mãos, acabrunhado de melancolia ,coberto por um suor frio, não podia mostrar nem ocultar o desgosto. Já se disse como o amor, que tira o juízo a quem o tem, dá-o àqueles que o não têm; de outra forma quer isto dizer que torna uns sensíveis e estúpidos, outros frios e empreendedores.
segunda-feira, março 20, 2006
Grande momento inspiracional do Brecht (k andou comigo num curso de escrita criativa...)
(Nº10 dos POEMAS RELACIONADOS COM O «MANUAL PARA HABITANTES DE CIDADES», 1925-1930)
Sente-se.
Está sentado?
Encoste-se tranquilamente na cadeira.
Deve sentir-se bem instalado e descontraído.
Pode fumar.
É importante que me escute com muita atenção.
Ouve-me bem?
Tenho algo a dizer-lhe que vai interessá-lo.
Você é um idiota.
Está realmente a escutar-me?
Não há pois dúvida alguma de que me ouve com clareza e distinção?
Então
Repito: você é um idiota.
Um idiota.
I como Isabel, D como Dinis
outro I como Irene, O como Orlando,
T como Teodoro, A como Ana.
Idiota.
Por favor não me interrompa.
Não deve interromper-me.
Você é um idiota.
Não diga nada. Não venha com evasivas.
Você é um idiota.
Ponto final.
Aliás não sou o único a dizê-lo.
A senhora sua mãe já o diz há muito tempo.
Você é um idiota.
Pergunte pois aos seus parentes
Se você não é um I.
Claro, a você não lho dirão
Porque você se tornaria vingativo como todos os idiotas.
Mas
Os que o rodeiam já há muitos dias e anos sabem que você é um idiota.
É típico que você o negue.
Isso mesmo: é típico que o I negue que o é.
Oh, como se torna difícil convencer um I de que é um I.
É francamente fatigante.
Como vê, preciso de dizer mais uma vez
Que você é um I.
E no entanto não é desinteressante para você saber o que você é.
E no entanto é uma desvantagem para
você não saber o que toda a gente sabe.
Ah sim, acha você que tem exactamente as mesmas ideias do seu parceiro.
Mas também ele é um idiota.
Faça favor, não se console a dizer
Que há outros I.
Você é um I.
De resto isso não é grave.
É assim que você poderá chegar aos 80 anos.
Em matéria de negócios é mesmo uma vantagem.
E então na política!
Não há dinheiro que o pague.
Na qualidade de I você não se precisa de preocupar com mais nada.
E você é I.
(Formidável, não acha?)
Você ainda não está ao corrente?
Quem há-de então dizer-lho?
O próprio Brecht acha que você é um I.
Por favor, Brecht, você que é um perito na matéria, dê a sua opinião.
Este homem é um I,
Nada mais.
Não basta tocar o disco uma só vez.
Olá!!!!
Mais três leitoras pró meu tão desprezado blog...
Como podem ver, não estão aqui fotos de ninguém que conheçam, além de mim.
(Ohhhh...)
De qualquer modo, quando tiverem um tempinho no meio da pedofilia, do cultivo do arroz e do... não faço a mínima ;) passem por cá, sim? E comentem o que vos apetecer, mas com juízo!
Jinhos!
quinta-feira, março 16, 2006
Óscares - mais vale tarde que nunca
Que posso eu dizer? Fiquei bastante contente com os prémios de Argumento Original (Crash), Documentário (A Marcha dos Pinguins) e Banda Sonora (Brokeback Mountain).
Em relação à categoria de Melhor Animação, eu sabia que o Nick Park era um adversário à altura do Burton, e o Wallace and Gromit mereceu, possivelmente, o prémio (ainda não vi o filme)
Agora, o resto da noite foi bastante previsível. A introdução estava gloriosa, o Jon Stewart não desiludiu, mas, sinceramente....
A Reene Witherspoon como Melhor Actriz? ????
Ah, e ainda bem que Brokeback Mountain não ganhou o prémio de Melhor Filme. Porque não é assim TÃO bom. Nem o Crash, mas é o que eu digo ao Dário, o Spielberg já não tem espaço pra mais óscares.
Daqui a uns anos, mes amis, serei eu a ter de arranjar espaço nas prateleiras. Ai pois é.
I would like to thank to the Academy, to my folks, my family and pets, my primary teachers, the milkman, ....
And to the readers of my blog, who always believed me
(or not)
quarta-feira, março 15, 2006
Falta de carência
quinta-feira, fevereiro 23, 2006
O amor é o amor
O meu peito contra o teu peito,
Na nossa carne estamos
segunda-feira, fevereiro 13, 2006
A MINHA VIDA ACABOU!
Tragédia, tragédia, tragédia!!
Oh, destino cruel!!!
Maldita a hora em que entrei naquela farmácia!!!!
NADA DE CHOCOLATE NEM DE SOL?!?!?!
Como é que vou sobreviver a isto, mes amis?
Vou morrer esquelética e pálida (se bem que, supostamente, com uma pele impecável)
Esta gente da saúde é toda igual. Uns proíbem-me o chocolate, outros perturbam-me o estrogénio... ai ai.
Top 10 - Os Dez Homens da Minha Vida
Procura-se
É pequenino e passa quase despercebido, mas faz-me uma certa falta.
Dei-lhe pela falta... quer dizer, este fim-de-semana não o tinha de certeza.
Se o encontrarem, já sabem onde me encontrar. Aqui.
terça-feira, janeiro 24, 2006
Se
enquanto outros à tua volta o estão perdendo
e deitando-se as culpas;
Se és capaz de fiar-te em ti próprio
quando todos duvidam de ti
- e no entanto perdoares que duvidem;
Se és capaz de esperar sem cansar a esperança,
e de não caluniar os que te caluniam,
e de não pagar ódio por ódio
- tudo isto sem dar-te ares de modelo dos bons;
Se és capaz de sonhar
sem que o sonho te domine
e de pensar, sem reduzir o pensamento a vício;
Se és capaz de afrontar o Triunfo e o Desastre
sem fazer dstinção entre estes dois impostores;
Se és capaz de sofrer que o ideal que sonhaste
o transformem canalhas em ratoeiras de tolos;
ou de ver destruído o ideal da vida inteira
e construí-lo outra vez com ferramentas gastas;
Se és capaz de fazer do que tens um montinho
e de tudo arriscar numa carta ou num dado,
e perder, e começar de novo o teu caminho,
sem que te oiça um suspiro quem seguir a teu lado;
Se és capaz de apelar para músculo e nervo
e fazê-los servir, se já quase não servem
aguentando-se assim quando nada em ti resta,
a não ser a Vontade, que te diz: aguenta!
Se és capaz de aproximar-te do povo e ficar digno,
ou de passear com reis conservando-te humilde;
Se não pode abalar-te o amigo ou inimigo;
se todos contam contigo e não erram as contas;
se és capaz de preencher o minuto que foge
com sessenta segundos de tarefa acertada;
Se assim fores, meu filho, a Terra será tua,
será teu tudo o que nela existe,
e não receies que to tomem…
Mas (ainda melhor que tudo isto)
se assim fores, serás um homem!
Mais poesia inédita... isto tem sido cá uma produção...
mantém o arco dos lábios ascendente!
o que Lhe ouviste ainda agora dizer
pode ter-Te afogado o coração, estilhaçado
a alma, tornado moribunda a esperança
mas nada interessa enquanto estás
na esfera pública, ao lado Dele
[e demais pessoas felizes porque
não são Tu], e tens de ser fria,
e sorrir com a cumplicidade de quem
tem alguém à espera em casa,
por quem abdicaria dos sonhos de uma
vida por um só abraço, e confessa,
é tão mais fácil fingir que não gostas
Dele quando está à Tua frente, de repente
torna-Se igual a todos e deixa
de Se escrever com ‘e’ maiúsculo
com um bocado de cinismo até consegues
falar do Teu pequeno flirt de
fim-de-semana - só para Te armares
em alguém que não se importa com o
que acabou de ouvir, alguém que até
está feliz por Ele, numa de paz e
amor para todos e Eu não é preciso
e, vejamos pelo lado bom, tens a
certeza de que Ele não sabe de nada
que rachas por dentro quando O ouves
falar da que ama, d’Ela [sim, porque
Tu é que és a Outra, A que chegou
tarde e a más horas, pontualidade
britânica só para as coisas más
da vida] mas entretanto
não Te esqueças: arco dos lábios
ascendente! não deixes que a emoção
Te traia e Te mostre verdadeira
aos olhos Dele, porque, vendo bem,
Ele não o merece, nem Ela,
que pelos vistos consegue pôr
o arco dos lábios Dele descendente
quando Ele, a sós consigo, numa
manhã de insónias, a escrever
poesia, pensa: ora bolas,
Ninguém gosta de mim.
sexta-feira, janeiro 20, 2006
Performance no Ateneu - 22h
(ooh, the things I do for art...)
Filipe o Bom, Kel, Filipe!
Lady S - Kel, mas todas as tuas filmagens têm de ter um momento em que fazes zoom no traseiro do *****?
Kel - Pois, que queres que eu faça? O cu dele persegue-o!
Jonathan Swift - Cassino e Pedro: Elegia Trágica
Refinados os dois, ambos amantes,
Conversando como era seu costume
De livros muitos e amoroso lume -
(Dá-me palavras, Musa, com que diga
De Pedro e de Cassino a bela intriga)
Pois Pedro foi-se a visitar Cassino
Para palrar e p’ra beber do fino.
E que visão descobre esse rapaz?
Que envolto em tédio o seu amigo jaz.
Dir-se-ia que se havia levantado:
Em torno à fronte um sujo peúgo atado,
Sentado ele estava entregue a pontear
Com linhas de cor vária o outro par.
Os calções rotos deixam ver apenas
A fralda em tiras, partes mais morenas.
Barba já velha, e a perna se exibia
Negra de pêlos e de porcaria.
Os ombros num tapete ele embrulhava:
Para dormir camisa não usava.
E junto aos pés tinha o penico a ponto
De um vómito, de um cuspo, um mijo pronto.
O seu velho cachimbo estava ali,
Semi-fumado ainda, ao pé de si.
E Pedro o viu assim nestes preparos,
Postos em fumo e choro os olhos claros.
Restos de grogue ainda se esquentavam
Nas brasas do fogão, que se apagavam.
‘Ó Cassy, porque abanas o toutiço?
Porque inda estás na cama, que foi isso?
Que o pintassilgo, o pintarroxo, e o tordo
Matinas cantam de comum acordo,
E muitas vezes eu te vi saudando
A Aurora, em tua Flauta bem soprando.
Humores melancólicos me escondes?
O quê? Nem uma palavra me respondes?’
E foi-lhe dando um par de safanões,
Remédio estudantil p’rás depressões.
O pastor amoroso, de dor mesto,
Célia! Gritou três vezes, não o resto.
‘Cassy, meu caro, temo da pergunta
Que me cumpre fazer: Célia é defunta?’’
“Que o mal fora só esse, oh quem me dera!
Mas minha estrela é mais maldita e fera!”
“Confessa cá: tua Célia deu em puta?”
“Ser-me-ia doce em troca de tal cicuta!”
“Que a Célia arranque a peste as tranças de ouro!
Bexigas, morbo gálico, ao seu couro
Estão a comer? Ficou já sem nariz?
Isso é vulgar. Podes viver feliz.”
“Oh, Pedro, breve tinta é uma beleza
Que Tempo e Acaso pelam indefesa!
Mas Célia destruiu aquele encanto
Que a tudo sobrevive porque é santo.
Ninguém será capaz de imaginar,
Nem há divino tom do bem falar
Que possa descrever como essa ingrata
Meu puro amor traiu, como me mata.
Que ela inventou uma flecha envenenada
Para sempre em meu seio recravada”.
“Com o rapaz do barbeiro te enganava.
Isso eu sabia. Manda-a, pois, à fava.”
“Ó Pedro, toda a Ninfa tem direito
De escolher livre a quem descobre o peito.
Razão não tenho de queixar-me dsso,
Se outro pastor prefere ao seu serviço.
Mas isso que ela fez, oh que canseira:
Um crime é contra a humanidade inteira!
Que o sol se esconda para nunca ver
O que mulheres jamais podem fazer!
Conselho não terás bastante forte…
Deixa-me entregue ao desespero e à morte.
Arcádicos amigos, todavia,
Queimai-me com um soneto ou uma elegia,
E este epitáfio me graveis na lousa,
Contra que o Tempo seu poder não ousa:
Aqui Cassino jaz, Célia o matou,
Que nunca disse a Dor que o liquidou.
Adeus, ó mundo vão!… Oh… que já escuto
O ladrar triplo de Cerebero bruto!
E vejo Alecto que me espera… Oh não…
Chicote de escorpiões em sua mão…
E já Caronte em sua barca velha
Me faz sinal que embarque para a grelha…
Aí vou, aí vou… Eis a Medusa… Enfim…
Como as serpentes chiam contra mim!
O infernal fogo me liberta e frita!
Fora daqui… Eu não falei… Quem grita?”
“Precisas de purgante e de sangria,
Ou perdes o juízo em tal porfia.
A causa porém peço que me digas,
Pelas leis da amizade, as mais antigas,
Que Célia fez terás de me contar,
Estou pronto a teu destino partilhar”.
“Como dizer?… Meu coração se parte…
Mas tal amigo pede com tal arte…
Em que torturas sofro, Pedro, pensa…
Meus olhos viram essa falta imensa…
Chega-te mas, que eu fale ao teu ouvido,
E, quando a pó me vejas reduzido,
Nem mesmo então tu digas meu segredo
Sequer à Ninfa que amas… Tenho medo
Que essa alma virginal trema de horror
Do que mulher não sabe em seu candor!
E às canas murmurantes tu não contes
O crime mas medonho destes montes.
Nem vás dizê-lo às rochas solitárias,
Onde o Eco escuta em gargalhadas várias.
Nem deixes Zéfiro que te ouça e leve
Por Cantabrígia quanto não se escreve.
Nem às aves de pena tu relates
De Célia os pavorosos disparates.
Se me traíres, eu, espectro inconsolado,
Estarei todas as noites a teu lado.
Ouso porém ter confiança em ti.
Adeus, amigo meu… Escuta: eu vi.
Causa é de sobra que a Razão me apaga:
Oh… Célia… Célia… Célia… Célia… caga”.
(tradução de Jorge de Sena)
quinta-feira, janeiro 12, 2006
Petição 'Queremos um Ministério da Cultura Capaz'
Não se calem!
http://www.PetitionOnline.com/minist/
quarta-feira, janeiro 11, 2006
Poesia inédita das férias, que reencontrei há pouco
Tim Burton a Presidente
Eu adoro este homem! Ocupa, neste momento, o top 10 dos Únicos Homens da Minha Vida. (um dia hei-de publicar essa lista, prometo.
Vá lá, vão ver A Noiva Cadáver. E aproveitem e vejam o resto dos filmes dele.
É nele que vou votar no dia 22. Façam como eu!
quarta-feira, janeiro 04, 2006
Finalmente, as fotos da ópera!
segunda-feira, janeiro 02, 2006
Então Pituxa, como é que foi no S. Carlos?
Mas, para vos ir aguçando o apetite, deixo algumas palavras ao calhas:
ah garanhão - ana souza dias - tosta mista - nietzsche - piano - camarote presidencial - pedro abrunhosa - ópera gore - e chega. ;)
até próximas notícias, mes amis!!!
Reflexão sobre a validade de Shakespeare na era das novas tecnologias...
Estive a ver o 'Romeu e Julieta' de Zeffirelli e dei por mim a pensar: isto não teria acontecido assim hoje! Sim, eu sei, a versão do Luhrmann, gosto muito dela, tá bem, mas sigam o meu raciocínio de velocidade estonteante:
- Toda a tragédia poderia ter sido evitada com um simples sms!!!! (ou e-mail, ou mms, ou seja lá o que for que inventarem prá semana)
Pensem nisto. E depois venham queixar-se de que o progresso é mau.
Adieu mes amis
(aviso: este post foi feito num notebook topo de gama que foi a prenda de natal da vossa anfitriã. ;)