Para o estudante de Cinema, as matinés de Domingo dos nossos queridos quatro canais só significa uma coisa: filmes bastante dispensáveis, animais/bebés/utensílios de cozinha que falam, pancadaria japonesa e comédias românticas que estão bastante fora do prazo.
Bem, este domingo aquele canal que começa por T, acaba em I e tem um V no meio passou o Mean Girls e o Down With Love. E como tinha passado sexta e sábado de volta do meu guião e de livros altamente intelectualóides sobre a problemática da adaptação, resolvi tirar uma folga, estirar-me no sofá e ver a coisa.
Mean Girls, tenho de confessar, fui ver ao cinema. Sozinha. Depois do exame nacional de História, o meu último, por acaso. E gostei. Sim, gostei, 'tá giro.
Down With Love - o tal canal anunciou-o como estreia, mas tenho as minhas dúvidas, porque já tinha visto aquilo no meu sofá - ok, também é giro, principalmente aquele uso maroto do split screen.
Estou a escrever isto porque há algo que me aflige. Tenho-me apercebido que a História do Cinema privilegia aquilo que eu chamo 'filme de gajo', ignorando como mau à partida tudo o que lhe cheire a chick flick. Bem, há excepções, mas na maior parte dos casos... E este ano é o lobby Scorsese. Sim, acreditem, vão-lhe dar o Óscar este ano. Já tá tudo decidido. Não sei como podem ser tão maus para filmes como The Perfume e Marie Antoinnette para depois elevarem aos píncaros o The Departed. Não, não vi o filme. Mas não preciso de o ver pra saber que é outro Million Dollar Baby - giro, pena que já se fizeram filmes com o mesmo tema e muito melhores.
Argh, eu ando é muito indie e feminista, desculpem lá...
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