segunda-feira, janeiro 22, 2007

Lady Sara C sempre em cima das actualidades...

(sinceramente, há coisas melhores pra andar em cima, mas ele não deixa...)
Mes amis, tive o meu primeiro contacto com a revista Sábado. Isto porque a minha mãe resolveu fazer-me aquela colecção fantástica dos grandes enigmas da história, coiso e tal (invejem-me, va lá). Isto significa que nunca vou conseguir ler todos os livros que tenho em casa. Oba oba.
Primeira grande informação: uma coisa chamada freak dancing, também conhecida como grinding. Pesquisem na Wikipedia sobre o que é, porque isto é um blog de respeito coisa e tal. Mais ou menos. Nem por issoo. Basicamente, é a nova moda nos liceus americanos. Após aquela temporada de 'mata o teu professor e colegas num massacre' vem agora o treino de uma forma de dança que simula movimentos sexuais. Pelos vistos até há um movimento chamado 'andar à cão' que a vossa anfitriã, lady como é, se abstém de explicar como é. Vários comentadores já lhe chamam o desenvolvimento da lambada. Mando-vos aqui um link pra se cultivarem: http://www.courant.com/news/local/hc-simfreaking0113.artjan13,0,2856207.story?page=1&coll=hc-headlines-home
Outra gande notícia: a poligamia no estado do Utah, associada a um grupo de mórmones puristas. A poligamia é um assunto que me persegue há já algum tempo. O mais recente caso foi o visionamento de Jules et Jim de Truffaut. Oba oba. Embora aquela poligamia seja algo que me é mais fácil compreender. Dois homens pra uma. O sonho da vossa anfitriã... Casas separadas, e tutti. O que é que eu acho da poligamia? Se são felizes assim... sempre me ensinaram que a partilha é uma grande virtude. Mais, a ideia de ter alguém com quem cortar no marido comum... oh, o gozo profundo. A única desvantagem (apontada por vários praticantes, e eu sempre desconfiei que vosse) é na altura de cumprir as funções maritais. Isso de uma às segundas, quartas e sextas e a outra às terças, quintas e sábados é muito esquisito. Se bem que o tudo ao molho seja sempre uma opção. Estarei a desviar-me do caminho do bem??? Argh, deixem-me um post e digam-me a vossa opinião.
Por fim, a última notícia: Will Wright, o senhor que é um dos meus ídolos (um dia tenho de fazer uma lista de 'Os Grandes para Sara C'), porque criou aquele meu grande vício que é The Sims, vai lançar um novo jogo, Spore, em que somos uma gota de H2o no início da evolução terrestre e temos de lutar e nos adaptar pra sermos criaturas que povoam vários mundos no Universo. Uau. Mal posso esperar pra sacar isso da Net. Sim, porque este país, em matéria de novidades em videojogos...argh.

terça-feira, janeiro 16, 2007

Os Grandes Portugueses

Ando estranhamente em cima das actualidades. Primeiras grandes desilusões: o facto de José Saramago, Egas Moniz e Fernando Lopes-Graça (este acho que nem nos 100…) terem chegado ao top ten. Surpresa (?): o Salazar ter chegado lá. Ó meus amigos… Eu sei que as coisas andam mal desde que o Afonso Henriques deu numa de rebelde e fundou um país assim por capricho ou complexo de Édipo mal resolvido, mas há limites… É o equivalente de os espanhóis elegerem o Franco! É suposto ser alguém que ponha Portugal no mapa, alguém realmente importante para todos, um representante da essência do ser português, essa portuguesidade no bom sentido!!! Por mim, acho excessivo que tantos reis dos Descobrimentos estarem nesse top ten (quer dizer, é uma escolha demasiado óbvia, além que parece que a nossa História se resume a esse século…). Intenção de voto? Porque estou chateada com a presença do Salazar nessa lista, ainda pensei votar no Álvaro Cunhal. Além de que o senhor traduziu o Rei Lear quando esteve na prisão e nós, bardólatros, temos de ser uns pelos outros. Mas por outro lado, eu que fiquei um BOCADINHO chateada quando, em Inglaterra (de onde veio a ideia desta treta dos grandes portugueses blá blá blá…) o número um foi atribuído a Sir Winston Churchill, sim, muito importante, e Shakespeare ficou em quarto, acho que aqui devemos dar a vitória a um artista. Sim, se somos um país de poetas, buga lá assumi-lo com tomates (não dos podres, dos eufemísticos). Entre o Camões e o Pessoa, a minha escolha recai sobre o último. Ora essa, o homem é um espírito britânico num corpo português… ok, agora a sério. Pessoa é um pós-modernista antes do pós-modernismo, falou sobre tudo, não lambeu as botas ao D. Sebastião, tinha aquela paixão esquisita assolapada com a Ofélia (lembro-me sempre daquela cena sobre o vão das escadas, que ela conta…), tinha uma data de tipos dentro da cabeça (como eu o compreendo…), e… ora bolas, não preciso de me justificar. Aliás, deixem-me justificar pondo aqui uma pérola daquela alma que eu gostava tanto de ter conhecido (e o top ten não ter ninguém ainda vivo deve querer dizer alguma coisa, mas não sei se quero perceber o quê). E como estou a pensar escrever um pequeno ensaio sobre o que é o amor, tiro as frases das cartas para a senhora Ofélia.

Meu Bebé pequeno e rabino:

Cá estou eu em casa, sozinho, salvo o intelectual que está pondo o papel nas paredes (pudera! havia de ser no tecto ou no chão!) e esse não conta. (…)Sabes? Estou-te escrevendo mas não estou pensando em ti. Estou pensando nas saudades que tenho do meu tempo da caça aos pombos, e isto é uma cousa, como tu sabes, com que tu não tens nada… Foi agradável hoje o nosso passeio – não foi? Tu estavas bem disposta, e eu estava bem disposto, e o dia estava bem disposto também. (…) Bebé, vem cá; vem para o pé do Nininho; vem para os braços do Nininho; põe a tua boquinha contra a boca do Nininho… Vem… Estou tão só, tão só de beijinhos… (…) Açoites é que tu precisas.
Adeus; vou-me deitar dentro de um balde de cabeça para baixo, para descansar o espírito. Assim fazem todos os grandes homens – pelo menos quando têm – 1ºespírito, 2º cabeça, 3º balde onde meter a cabeça.
Um beijo só durante todo o tempo que ainda o mundo tem que durar, do teu, sempre e muito teu

Fernando (Nininho)

Buga dar a vitória a este homem! Nas trivialidades se encontram os verdadeiros génios.

PP. Isto deixa-me algumas preocupações, esta relação Nininho-Bebé. Primeiro, os diminutivos são mesmo necessários? As alcunhas carinhosas existem mesmo entre os grandes nomes da literatura (e estou a pensar no Sartre e na Beauvoir)? Hum. Depois, será que algum dia, se tiver o azar de ficar famosa por alguma coisa, ou me meter na cama de alguém que fique de repente famoso (mais provável porque não implica eu ser famosa, extremamente difícil devido à minha natureza altamente anti-social que pode ser confundida com timidez – ou é o contrário? De qualquer modo, sei que vou morrer sozinha), a nossa correspondência – se isso ainda existir – será publicada postumamente. O meu cadáver vai morrer de vergonha. Pior, a Vodafone irá vender o registo das minhas mensagens para ele, e o mesmo fará seja qual for a operadora dele. Argh. Abominável, a ideia. E e-mails, com links na Wikipedia, parece que estou a ver…



Nip Tuck


Não sei se se lembram, ou se vêm ao blog apenas para ver as imagens que de vez em quando ponho, mas quando acabou a saudosa série de Allan Ball Sete Palmos de Terra deixei o convite no ar à 2: (o canal de todos os pseudo e aspirantes de pseudo e aqueles que andam a estudar para aspirantes a pseudo-intelectuais – e incluo-me nestes últimos) para comprar a série Nip Tuck. Bem, tal como foi a TVI que comprou o meu caro Dr. House, e talvez numa linha de arranjar justificação para aquela coisa que ainda não tive oportunidade de ver chamada Dr. Preciso de Ajuda (e muita gente da minha banda diria que esta frase, há uns meses atrás, era o meu grito de guerra…), essa estação abominável comprou aquela que é capaz de ser a minha série preferida desta temporada. Pois, porque sejamos francos, isto do Dr. House andar tira metade da pica à coisa. Ou seja, vou ter de aturar aquele novelo que o referido canal atira para a emissão da noite pra ver o Christian Troy (que, vão perceber porquê quando virem, é o meu preferido) e o Sean Mcmalaren ou um apelido parecido (uma personagem assaz interessante a partir da segunda temporada). Eu, que já ando a ver furtivamente o Tu e Eu porque adoro o mauzinho da novela, o Alexandre (e, mais uma vez, pessoas que partilham a faculdade e o círculo de amigos comigo, quando virem vão perceber porquê – ou não), vou ter de dar audiência ao meu canal desfavorito. Hum. Mas valerá a pena. Afinal, vou poder partilhar o comentário dos episódios com a Kel, o que é óptimo. E todos vão perceber o meu fascínio. Ah, este ano vou ser feliz… Uma pessoa aumenta as dioptrias das lentes, e o mundo fica de repente tão nítido e risonho…

Hitler

Estava eu, um dia destes, a ler aquele ícone da informação nacional que é o Correio da Manhã, quando me deparo, na última página, com uma notícia que iria para sempre mudar a minha concepção do Führer: ele inventou a boneca insuflável. Sim, o senhor do bigodinho ridículo imitado por Chaplin esteve na origem daquele ícone da arte pop de que Warhol, infelizmente a nosso ver, se esqueceu. Supostamente a dita boneca teria como fim o prazer dos soldados em combate, para evitar o contacto impuro com as outras raças.

Numa altura em que se discute tanto a questão do filme humorístico sobre Hitler que aí vem, e poucas semanas depois da vossa anfitriã ter gasto a módica quantia de 8.49€ na edição especial dois dvds de A Queda (um daqueles filmes), de novo o autor de Mein Kampf me surge na pacata existência cheia de ideais consumistas… digo, comunistas, e o projecto de, se não conseguir arranjar homem e/ou emprego neste país, ir para a Rússia ter um curso de cinema à séria, acompanhada pelo meu Sergei. (por acaso agora ando mais numa de Polónia e de Krszysztofs, mas pronto, apartes…) Voltando ao início, o homem que chacinou milhões de judeus e deu milhares de dólares a ganhar ao Spielberg inventou um dos auxiliares de masturbação mais famosos de sempre.

Imagino (e é neste momento que o post começa a descambar, por isso, se me querem ter em boa conta, passem ao próximo ou vão para o google ver quantas vezes o vosso nome aparece) que o Adolfozinho tenha tido uma juventude muito solitária. Sim, a Eva Braun, coisa e tal, mas, caro Adolfo…

A mão era demasiado judia para ti?






segunda-feira, janeiro 08, 2007

Love at First Sight, de Wislawa Szymborska (1993)

They're both convinced

that a sudden passion joined them.

Such certainty is beautiful,

but uncertainty is more beautiful still.


Since they'd never met before, they're sure

that there'd been nothing between them.

But what's the word from the streets, staircases, hallways -

perhaps they've passed by each other a million times?


I want to ask them

if they don't remember -

a moment face to face

in some revolving door?

perhaps a "sorry" muttered in a crowd?

a curt "wrong number" caught in the receiver?

but I know the answer.

No, they don't remember.


They'd be amazed to hear

that Chance has been toying with them

now for years.


Not quite ready yet

to become their Destiny,

it pushed them close, drove them apart,

it barred their path,

stifling a laugh,

and then leaped aside.


There were signs and signals,

even if they couldn't read them yet.

Perhaps three years ago

or just last Tuesday

a certain leaf fluttered

from one shoulder to another?

Something was dropped and then picked up.

Who knows, maybe the ball that vanished

into childhood's thicket?


There were doorknobs and doorbells

where one touch had covered another

beforehand.

Suitcases checked and standing side by side.

One night, perhaps, the same dream,

grown hazy by morning.


Every beginning

is only a sequel, after all,

and the book of events

is always open halfway through.

Príncipe Encantado ou Sapo Viscoso?

Que queremos nós, projectos de mulheres do século XXI? Príncipes encantados ou Sapos Verdes Viscosos? É altura da Sarices fazer o seu primeiro inquérito em grande escala! Não se inibam! Respondam para cá! Postem à vontade! Eu quero saber o que a mulher dos nossos dias pensa! Ou o homem, que eu sou a maldade personificada mas nada me impede de ser tolerante! (se não quiserem postar, mandem um mail que eu dps coloco de forma anónima)

(se quiserem juntar uma descrição física/psicológica/emocional/performativa do vosso príncipe/sapo ideal, não hesitem! Contudo, nada de fotos. Sou muito nova e a minha bolsa não é assim tão boa para me dar ao luxo de ser processada. Eu também darei o meu lamirá, mas só no fim!!)

A Bondade Humana Não Existe...

Sinceramente, aquela treta do ‘bom selvagem’ de Rousseau nunca me convenceu. Para mim, o ser humano é mau em potência: a bondade é algo de apreendido, uma convenção a que nos habituamos e que seguimos para que não nos chateiem a cabeça. Sim, não acredito no ser bom desinteressadamente. Quanto muito, há pessoas a quem não nos importávamos de espetar uma faca nas costas e outras que nos é indiferente. Outras há que a única coisa que lhes queríamos espetar nas costas seria uma massagem (mas isso prende-se com razões biológicas e não quero entrar por aí). Sim, ser mau e omnívoro é inato. Vegetarianos de boa índole são violações da natureza (nunca é de mais lembrar que são raros e que o Hitler era vegetariano – quem come plantinhas indefesas é capaz das maiores maldades).

O que aconteceu entretanto foi o nascimento de uma coisa chamada sociedade. Ora, a partir do momento em que o homem se apercebe que dá jeito mais umas mãozinhas para caçar dentes-de-sabre (uma imagem do ponto de vista histórico errada mas tão bonita artisticamente), resolveu não matar/assassinar/quecar violentamente as mãozinhas extra. Começam a nascer normas de civilidade (e a palavra ‘norma’ diz tudo), etc etc. Ou seja, somos uns reprimidos. Devíamos ter o direito à maldade (embora esse direito possa acabar com sangue e tripas onde começa a maldade dos outros…). Vamos gritar todos, ‘sou mau e gosto!’.

Quem duvida da veracidade desta teoria, quem acredita que o ser humano é passível de actos bondosos, aconselho que apanhe o autocarro para Viseu, se dirija às informações e diga bom-dia ao ser que se encontra lá dentro. Ou então fale comigo num dos meus dias anti-sociais (não-cíclicos e por isso imprevisíveis). Boa sorte!

Os Americanos mataram os Marcianos!!!


Notícia no Yahoo! hoje: a NASA, quando visitou Marte há 30 anos atrás, poderá ter morto espécies marcianas de micróbios, possivelmente a única forma de vida que o planeta tinha. Isto porque andavam à procura de criaturas verdes e altas...
Ainda bem que ainda não era nascida na altura, senão ia ter problemas...
Mais informações em: