quinta-feira, março 20, 2008

Lembram-se daqueles jogos idiotas das aulas de línguas? Pois

Se eu fosse um mês seria... DEZEMBRO
Se eu fosse um dia da semana seria... SÁBADO
Se eu fosse um número seria... 27
Se eu fosse um planeta seria... SATURNO
Se eu fosse uma direcção seria... ESTE
Se eu fosse um móvel seria... UM TRONO
Se eu fosse um liquido seria... COCA-COLA
Se eu fosse um pecado seria...LUXÚRIA (ainda não sei os novos. Há algum para cobiçar o pc do próximo?)
Se eu fosse uma pedra seria... OPALA NEGRA
Se eu fosse um metal seria... PLATINA
Se eu fosse uma árvore seria... SEQUÓIA
Se eu fosse uma fruta seria...PÊSSEGO
Se eu fosse uma flor seria... ALOE VERA
Se eu fosse um clima seria... NÓRDICO
Se eu fosse um instrumento musical seria... VIOLINO STRADIVARIUS
Se eu fosse um elemento seria... TERRA
Se eu fosse uma cor seria...VERDE
Se eu fosse um animal seria um... PINGUIM
Se eu fosse um som seria... SOM DA CHUVA
Se eu fosse uma canção seria... MR. BRIGHTSIDE (THE KILLERS)
Se eu fosse um estilo de musica seria... ROCK
Se eu fosse um perfume seria...ESCADA
Se eu fosse um sentimento seria... NEURA
Se eu fosse um livro seria… MR.MEE
Se eu fosse uma comida seria... LASANHA
Se eu fosse um lugar seria ... LONDRES
Se eu fosse um gosto seria... AMARGO
Se eu fosse um cheiro seria… DE RELVA
Se eu fosse uma palavra seria… AMBIÇÃO
Se eu fosse um verbo seria... COMPRAR
Se eu fosse um objecto seria… UM LIVRO
Se eu fosse uma peça de roupa seria... VESTIDO
Se eu fosse uma parte do corpo seria… CÉREBRO
Se eu fosse uma expressão seria… SORRISO MALÉFICO
Se eu fosse um desenho animado seria… GARFIELD
Se eu fosse um filme seria… TRÊS CORES: AZUL
Se eu fosse uma forma seria… REDONDA
Se eu fosse uma estação seria… INVERNO

Chegou a Primavera... a 180 km/h

"Tomorrow's Apples", Eva Esse (sim, cá estou de volta do trabalho sobre Minimalismo)


segunda-feira, março 03, 2008

Projecto em Curso Parte 1


I
Sentou-se a escrever. A luz pálida do ecrã a bater-lhe no rosto cansado e inexpressivo, reflectindo-se nos olhos que timidamente anunciavam o vazio por baixo das pestanas. Os dedos acariciavam as teclas, mas a ousadia necessária para marcar a negro o virtual não surgia, nem parecia ter vontade de vir.

Escrever, escrever... Tão simples e, contudo, tão complicado. Preciso era começar, alinhavar umas ideias, uma personagem com quem os leitores se identificassem, uma trama que agarrasse os olhos ávidos, um final surpreendente, os louros e aplausos de todos os que importavam, a inveja daqueles que preferia ignorar, a fama, a glória, o Olimpo. E, contudo...

Era de noite, claro. O dia passara-o na banalidade das aulas, vira o pôr-do-sol reflectido no café do costume, e após as piadas de sempre, ele lembrara-o:

- Espero que tenhas o texto pronto para a semana, Romeu. Nem penses que vou atrasar mais uma vez a publicação por tua causa.

Ele não pensava nada. Pensar era tão doloroso. Não sabia porque é que as pessoas partiam do princípio que ele gostava de pensar. Era-lhe uma actividade detestável, aliás. Deprimia-o. O tomar consciência das coisas só poderia ser comparável, em termos de dor, a ser triturado lentamente numa picadora de carne. E agora que relia isso na mente, acrescentava, idiotice. A picadora seria uma leve massagem comparada com isso.

Uma história, só precisava de uma estúpida história, para publicar numa ainda mais ridícula revistinha com pretensões intelectualóides. Algo simples, não mais de três páginas, mais uma foto que a Cátia tiraria em questões de segundos com a engenhoca digital que tivesse adquirido nessa semana, e poderia ficar descansado, voltar à odiosa monorotina, seu verdadeiro habitat, do qual nunca saía, inicialmente por opção, agora por impossibilidade de sobrevivência fora.

- Vá lá! – gemeu para o impávido e misturado alfabeto, cada letra no seu isolamento teclal, como se de lá esperasse uma resposta às suas preces, preocupações e angústias mais profundas, numa nova religião do Progresso e da Técnica.

Mas do alto das esferas movidas a electricidade não teve resposta. Suspirou, vencido, e levantou-se para buscar o alívio na negridão viciante da cafeína. Mais uma vez.

Enquanto saboreava o amargo final, pensava o quão mesquinha era a sua existência. Teria decerto algum problema – ou vários, seria talvez o mais provável – e agora que se debatia com uma situação tão desagradável de bloqueio intelectual, que, convirá dizer, nunca antes lhe tinha acontecido, sentia-se abalado no mais profundo da sua mente. A única faculdade que lhe tinha sido dada, a sua incrível criatividade, desaparecera por fim deixando-o às feras.

Seria de esperar. Ele usava e abusava dela. Era ela que fazia com que os dias se tornassem suportáveis. Em pequeno, quando passava horas a fio sozinho no canto do recreio – não gostava de futebol e as raparigas gozavam com ele –, no liceu, enquanto os colegas namoriscavam pelos cantos, mesmo agora, no meio dos amigos e dos copos de cerveja – saía do mundo real e deixava-se ficar no quentinho da sua mente, no conforto dos seus devaneios com outras pessoas, noutros mundos, por vezes mais negros que aquele que habitava, mas muito mais controláveis. E isso é que interessa, no fim de contas. Saber como vai acabar a história.

Mas agora o começo, a chispa maravilhosa que surgia do nada e fazia brotar o fogo no negro teclado perante ele, ou inspiração, se preferirem o termo, a pomba que desce sobre o profeta e lhe dita os desígnios do Grande Arquitecto, etc, não vinha. Precisava de um estímulo.
(to be continued...)

Os Filmes que aí vêm, e que, por alguma razão, queremos MUITO ver...