O meu padrão de paixões platónicas - REVELADO

Como tenho imenso que fazer, resolvi fazer o que todas as pessoas fazem quando se vêem em tal situação: ignorar esse facto e começar a ver videos idiotas no youtube. E enquanto me dedicava a essa actividade tão corriqueira, a iluminação intelectual atingiu-me com toda a sua força, deixando-me estupefacta ao reparar que....

1. HÁ UM PADRÃO NAS MINHAS PAIXÕES PLATÓNICAS ASSOLAPADAS (ou coisas semelhantes, não me estraguem o esquema).

Ora...

A minha primeira paixão platónica, o pai dele (vá, tinhamos 9 anos e tal) tinha um AUDI A4.

A segunda pauxão platónica, o pai tinha um TOYOTA NOVO.

A terceira, tinha um FORD.

A quarta, tinha um RENAULT 4L usado.

A quinta, um PEUGOUT 307 usado.

A sexta, uma BICICLETA VELHA.

Primeiro fiquei tão inebriada com o padrão que não consegui pensar em mais nada. Comecei seriamente a pensar escrever um livro sobre o assunto. Será que havia uma sucessão de números associada aos vários meios de transporte que me podiam indicar onde estava escondido o Santo Graal? Será que a Igreja não me ia excomungar (outra vez) por falar de assuntos tão vis e secretos? Claramente, tinha de dedicar algum tempo a passar as minhas teorias (romanceadas, é claro, pra agradar ao grande público e depois vender os direitos a algum estúdio) ao papel. Tinha já um título e tudo: O Código da Estrada.

Mas depois descobri, mes amis, O PORQUÊ. E isso mudou a minha perspectiva da vida, do Universo e tudo. E isto no Youtube. Outra vez. A Nova Biblioteca da Alexandria.

Afinal, enquanto procurava a canção da Disney que definia a minha vida amorosa

(http://www.youtube.com/watchv=IRsrP_ktr1g&feature=PlayList&
p=145B65B412455719&playnext=1&playnext_from=PL&index=17)

pensei em procurar também a canção que definia o MEU DESEJO DE VIDA E RELAÇÃO AMOROSA. E embora tenha hesitado entre esta e uma da Pequena Sereia, resolvi dar uma hipótese ao romantismo infantil:

http://www.youtube.com/watch?v=MLsdJlfA23E#

E dei por mim a ver a coisa vezes sem conta, até que me apercebi. Eu pensava que depois do tipo da bicicleta ia cair por qualquer paspalho que tivesse uns patins a cair de podres, mas não, mes amis.

EU QUERO UM GAJO QUE TENHA UM TAPETE ROTO VOADOR.

É esse o meu desejo de vida subliminarmente implantado no meu tenro cérebro infantil através de desenhos animados. Não ser uma profissional de sucesso, ou conseguir resmas de dinheiro, ou quiçá ser feliz a comprar casacos do Alexander McQueen. Não. Tapetes voadores. Eis o meu grande objectivo numa relação amorosa.

O que explica tanta, tanta coisa.... suspiro...