TALVEZ
Tua voz me raptou ou
Talvez a aspereza da palma da mão
E a leveza da ponta dos dedos
Nas teclas do piano!
O desengonço da tua silhueta,
Talvez!
Os ombros caídos como os de um vencido,
Talvez!
A quentura da tua pele,
Talvez!
O sorriso belo e triste,
Talvez!
Modelo cultural trazido das cinzas helênicas;
Dos estilos controversos de viver,
Quem sabe?
A vulgar pose de cruzar as pernas,
Talvez...
Uma assombração, aparição que se fez matéria
Com lábios carnudos de púrpura cor,
Quase prostitutos,
Talvez...
Noctâmbulo tímido!
Ama ninguém,
Logo não receia a morte!
Por isso, me aprisionou.
Para sempre?
Talvez!
Helena Quental
2 comentários:
talvez o efeito de um sismo,
leve a estes poemas
talvez...
Sabes que no Google se procurares pelo meu blog o que aparece é 1 link para aqui?!
"Porque a poesia é o ópio dos ociosos...", será uma mensagem por portas travessas para a minha pessoa?!
Rir.
*bang bang
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