segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Porque a poesia é o ópio dos ociosos...

TALVEZ

Tua voz me raptou ou
Talvez a aspereza da palma da mão
E a leveza da ponta dos dedos
Nas teclas do piano!

O desengonço da tua silhueta,
Talvez!
Os ombros caídos como os de um vencido,
Talvez!
A quentura da tua pele,
Talvez!
O sorriso belo e triste,
Talvez!

Modelo cultural trazido das cinzas helênicas;
Dos estilos controversos de viver,
Quem sabe?
A vulgar pose de cruzar as pernas,
Talvez...

Uma assombração, aparição que se fez matéria
Com lábios carnudos de púrpura cor,
Quase prostitutos,
Talvez...

Noctâmbulo tímido!
Ama ninguém,
Logo não receia a morte!
Por isso, me aprisionou.
Para sempre?
Talvez!

Helena Quental

2 comentários:

Kelita disse...

talvez o efeito de um sismo,
leve a estes poemas
talvez...

Bola de Sabão Pragmática disse...

Sabes que no Google se procurares pelo meu blog o que aparece é 1 link para aqui?!

"Porque a poesia é o ópio dos ociosos...", será uma mensagem por portas travessas para a minha pessoa?!
Rir.

*bang bang