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Saudações extremamente ciclónicas.
Eu, Votre Anfitriã, digo aqui que a minha vida mudou drasticamente após a leitura de um livro singular, Metafísica do Amor de Schopenhauer. É pequenino e singular. Leiam. Passo a citar um passo extremamente profundo e coisa e tal:
'[o homem] há-de procurar principalmente as qualidades que ele próprio não possui, ou as imperfeições opostas àquelas que ele próprio tem e achá-las-á belas: eis porque, por exemplo, as mulheres altas agradam aos homens baixos, e que os loiros gostam das morenas, etc. O entusiasmo vertiginoso que se apodera do homem à vista de uma mulher cuja beleza responde ao seu ideal, e faz brilhar aos seus olhos a miragem da felicidade suprema, se conseguir unir-se-lhe, mais não é do que o sentido da espécie que identifica o seu cunho distinto e claro e que com ela gostaria de se perpetuar.'
Que tretas que eu leio, mes amis. Não admira que vá acabar os meus dias sozinha na Antárctida, a dar milho aos pinguins.
(PS. Eu sei que os pinguins não comem milho, era uma piada.)